Deputado Felipe Maia *

O empreendedor é o impulso fundamental que aciona e mantém em marcha o motor capitalista, constantemente criando novos produtos, novos mercados e, implacavelmente, sobrepondo-se aos antigos métodos menos eficientes e mais caros. (Joseph Alois Schumpeter (1883 – 1950)

Em 1949, Joseph Schumpeter, um importante economista do século XX, colocou o empreendedorismo no pensamento econômico mundial. O pensador austríaco definiu que a mola que impulsiona a economia e o desenvolvimento de um país são as idéias inovadoras.

Na década de 40, praticamente todos os países enfrentavam a recessão econômica. Desde o “Crack” da Bolsa de Nova Iorque, em 1929, a América registrava um enorme número de desempregados. E a Segunda Guerra Mundial, que acabou em 1945, garantiu que a Ásia e a Europa passassem por problema semelhante.

Nesse contexto de instabilidade econômica mundial, Schumpeter bateu na tecla de que o desenvolvimento de um país está fundamentado, entre outros fatores principais, no empresário inovador. De acordo com esse pensador, sem os empreendedores e suas propostas criativas, a economia se manteria numa posição de equilíbrio estático, com crescimento vegetativo, e sem desenvolvimento.

Ou seja, não existe outro caminho para o crescimento substancial de um país que não inclua o incentivo ao empreendedorismo. É indispensável a idéia de comportamento inovador que crie condições favoráveis para o desenvolvimento de novas empresas e aumente a geração de emprego e renda para a população.

Mas o que significa, exatamente, ser empreendedor? Empreendedor é uma palavra de origem francesa que significa “aquele que assume riscos e começa algo novo”. De acordo com as enciclopédias, é o termo utilizado para qualificar o indivíduo que se dedica às suas atividades de forma inovadora, gerando um novo método com o seu próprio conhecimento.

O empreendedor é o indivíduo proativo, motivado, que acredita no que faz e gosta do que faz. Possui visão, assume riscos, é comprometido e não perde oportunidades, mas as cria. Realiza projetos, amplia constantemente seus relacionamentos e adota uma postura de aprendizado permanente.

Não é necessário ser empresário para ser empreendedor. Cada um pode ser empreendedor em suas atividades diárias, como aluno, professor, profissional liberal ou até mesmo empregado. Basta fazer a diferença, ser original. É por todos esses motivos que o empreendedor é o agente transformador da economia, o motor do crescimento.

O Brasil é considerado mundialmente um país empreendedor. Resultados do relatório da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), de 2007, confirmam essa vocação nacional. O país apresentou uma taxa de atividade empreendedora de 12,7%. Ou seja, praticamente 13 em cada cem brasileiros adultos estão envolvidos em atividades de empreendimento. Só em 2007, foram abertos cerca de oito milhões de novos negócios, 57% deles motivados pela oportunidade e 43% impulsionados pela necessidade. Por esse número elevado, o país ficou em nono lugar num ranking de 42 nações mais empreendedoras do mundo.

A expressão da criatividade dos trabalhadores brasileiros está na abertura de micro e pequenas empresas (MPEs) – negócios com até cem funcionários. Para se ter noção da força das MPEs na economia do Brasil, das quase seis milhões de empresas formais do país, 99% são micro ou pequenas. Além disso, 60% dos empregos são gerados pelos pequenos empreendedores e 20% do Produto Interno Bruto (PIB) resulta dos micros. Trocando em miúdos, as MPEs são o sustentáculo da livre iniciativa no Brasil.

Com o panorama positivo de empreendedorismo no Brasil, os Democratas criaram a ala empreendedora do partido. Esse braço da legenda se dedica ao estudo de maneiras para incentivar a criação e abertura de novas empresas. Auxilia, também, a manutenção dos negócios e, com isso, garante o aumento da oferta de postos de trabalho em todo o país.

O Empreendedor Democratas desenhou uma estratégia de atuação para incentivar e amparar as empresas. A frente de atuação será voltada, principalmente, para incentivar jovens empresários e impulsionar novos negócios. Redução da carga tributária e da burocracia, fomento da cultura empreendedora e incentivo à responsabilidade social e ambiental são as bandeiras do Empreendedor Democratas. Além de conceder aos empresários e futuros empreendedores duas importantes armas para o sucesso do negócio: capacitação e informação.

A presença do empreendedor é imprescindível para desencadear o processo de desenvolvimento econômico do país. E é com responsabilidade, competência e dedicação que os Democratas vão incentivar a atividade empreendedora no Brasil.

*Presidente Nacional do Empreendedor Democratas

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