“Continuar o trabalho em favor do cidadão e da sociedade, levando em consideração, em primeiro lugar, o bem comum, que é o bem de todos”. Este é, segundo o Presidente da Assembleia Legislativa, Deputado Elcio Alvares, o que fará no seu segundo mandato como Deputado Estadual. O parlamentar lembrou sua trajetória de vida e política e garantiu que irá continuar dedicando-se ao mandato, com a mesma seriedade e dedicação que colocou em todos os postos exercidos.

Confira, a seguir, a trajetória política do deputado e seus projetos para os próximos quatro anos.

1 – Conte um pouco da sua trajetória política…
Comecei a fazer política ou a participar dela ainda no ensino médio, quando disputei e venci a eleição para a presidência do Grêmio Estudantil do Colégio Americano Batista de Vitória. Depois, no segundo grau e na faculdade, segui fazendo política, inclusive tendo participado da ala jovem do PSD – Partido Social Democrático. Mas só mais tarde, depois de já estar atuando profissionalmente como jornalista e advogado, é que enfrentei minha primeira eleição, disputando uma cadeira na Câmara dos Deputados e ficando como primeiro suplente, tendo assumido, mais tarde, o mandato. Na eleição seguinte fui novamente candidato a deputado federal e fui eleito como o mais votado do Espírito Santo e, proporcionalmente, um dos mais votados do Brasil.

Ao finalizar o meu segundo mandato como deputado, fui indicado governador do Espírito Santo, deixando o Governo sem disputar uma nova eleição. Retornei, então, à advocacia, atuando durante alguns anos. Mais tarde, por insistência do meu partido, já então a Arena, fui candidato a senador da República e recebi o mandato dos eleitores capixabas. No Senado, além de líder do Governo Fernando Henrique Cardoso por quatro anos, tive a honra de presidir a Comissão de Impeachment que levou à cassação do presidente Fernando Collor. Antes, no Governo Itamar Franco, ainda como senador, fui ministro da Indústria, Comércio e Turismo, tendo participado, juntamente com o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, da implantação do Plano Real, que estabilizou a economia do Brasil.

Ao final do meu mandato de senador, fui convidado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso para implantar o Ministério da Defesa do Brasil, o que fiz, sendo o primeiro civil a comandar o Exército, a Marinha e a Aeronáutica. As Forças Armadas, cujo comandante em chefe é o presidente da República, estavam – como estão hoje – subordinadas ao Ministério da Defesa. Coube-me a honra de implantá-lo e de ser o primeiro a comandá-lo.

Ao concluir a minha missão à frente da Defesa, retornei ao Espírito Santo e à advocacia, mas sempre participando da política, como um dos fundadores e membro do Diretório do Partido da Frente Liberal (PFL), hoje Democratas (DEM). Em 2006, voltei a disputar um cargo eletivo, sendo candidato a deputado estadual, conquistando a confiança dos capixabas e sendo eleito. No Legislativo estadual, nos dois primeiros anos, fui líder do governador Paulo Hartung e, nestes dois últimos anos, tive a honra de, indicado à unanimidade por meus colegas deputados, presidir o Poder. Em síntese, esta é a minha história política, que já dura cerca de 45 anos.

2 – Como o senhor avalia os dois últimos anos no comando da Assembleia?
Assumimos a Presidência e, junto com a Mesa Diretora, desde o primeiro momento trabalhamos sem descanso para cumprir o que havíamos deliberado antes da eleição, que era fazer com que o Legislativo avançasse, alinhando-se aos desejos da sociedade que dele exige maior transparência, parcimônia com os recursos públicos e uma boa gestão. Com o apoio dos deputados, que entenderam o que buscávamos, e dos servidores, que conosco colaboraram no dia a dia, chegamos ao final de nossa Presidência com a consciência do dever cumprido e de ter feito tudo o que estava ao nosso alcance para atender ao eleitor e à sociedade.

3 – Quais as ações da Mesa Diretora o senhor destaca?
A de maior repercussão na sociedade foi à reforma administrativa do Poder Legislativo, com a instituição de concurso público para o preenchimento de cargos, transformação de cargos comissionados em efetivos, que deverão ser preenchidos por concurso público, diminuição do número de cargos comissionados e estabelecimento de parâmetros para o preenchimento dos cargos na estrutura da Secretaria da Assembleia. Também foi importante para o Poder a mudança do Regimento Interno que, modernizado, permite uma melhor ação parlamentar. Outro ponto importante foi a economia de recursos, pois mesmo com o realinhamento dos servidores da Assembleia aos do Tribunal de Contas, a concessão de reajustes salariais e a incorporação dos 11,98% aos salários dos servidores, o orçamento do Legislativo não aumentou. Isso foi possível devido à economia em outros setores.

Importante, ainda, foram as mudanças na área de recursos humanos, com a adoção do ponto biométrico para o controle de frequência do servidor, estabelecendo a justeza na sua remuneração, e as exigências de ficha limpa para que se possa ocupar um cargo no Legislativo. Além disso, fizemos investimentos em tecnologia de informação, montando a infraestrutura que a Casa tanto necessitava, incluindo a troca de 450 computadores. No conjunto, foram muitas outras ações, todas importantes.

4 – Como avalia o projeto de reforma administrativa?
Foi um passo importante por definir a estrutura administrativa do Legislativo, compactando-a, ao mesmo tempo em que define funções para todas as chefias e parâmetros para o preenchimento destes cargos, como a exigência de escolaridade. Um ponto a ser ressaltado é o concurso público para o preenchimento de cargos na Assembleia, estabelecendo o critério da meritocracia, isto é, promovendo a seleção de pessoas e escolhendo, dentre as que concorrem a um cargo, as que forem melhores. No todo, a reforma é um processo complexo, que une um lado muito técnico às decisões políticas, cuja iniciativa foi da Mesa Diretora, mas que recebeu amplo apoio dos senhores deputados. Todos entenderam a necessidade da mudança.

5 – A reforma é mais um passo da Assembleia para dar maior transparência às ações do Poder, como foi o ponto biométrico, o portal da transparência e a modernização de setores da Casa?
Entendemos que sim e que ela veio exatamente ao encontro do desejo da sociedade, que quer ver o Poder Público bem gerido, transparente e com regras claras, que permitam o acompanhamento de suas ações. A reforma traz, na verdade, um ganho de qualidade à gestão da Assembleia e isso fará com que fique ainda mais transparente.

6 – Qual a expectativa para o próximo mandato?
Continuar o trabalho em favor do cidadão e da sociedade, levando em consideração, em primeiro lugar, o bem comum, que é o bem de todos.

7 – O que a população pode esperar da sua atuação na próxima Legislatura?
O mesmo que fiz ao longo de toda minha vida pública: trabalhar com dedicação e seriedade, sempre aberto ao diálogo e levando em consideração, como já afirmado antes, o bem comum, pois o todo deve, na política, prevalecer.